SUGESTÕES PARA TRABALHAR COM GÊNEROS TEXTUAIS
Trabalhando com gêneros textuais a partir de um texto narrativo (conto)
PÉ-NO-CHÃO
Monteiro Lobato
Fica
no extremo da rua o Grupo Escolar, de modo que a meninada passa e
repassa à frente da minha janela. Notei que muitas crianças sofriam dos
pés, pois traziam um no chão e outro calçado. Perguntei a uma delas:
__ Que doença de pés é essa? Bicho arruinado?
O pequeno baixou a cabeça com acanhamento, depois confessou:
__ É inconomia.
Compreendi.
Como nos grupos não se admitem crianças de pé no chão, inventaram as
mães pobres aquela pia fraude. Um pé vai calçado, o outro, doente do
imaginário mal crônico, vai descalço. Um par de botinas dura assim por
dois. Quando o pé de botina em uso fica estragado, transfere-se a doença
de um pé para outro, e o pé de botina de reserva entra em funções.
Destarde, guardadas as conveniências, fica o dispêndio cortado pelo
meio. Acata-se a lei e guarda-se o cobre.
Benditas sejam as mães engenhosas!
Sugestões de 25 atividades
01- Reconte a história do ponto de vista do aluno.
02- Alterar a história.
03- Elaborar outro conto cuja escola fica em um bairro de classe alta.
04- Continuar a história, criando outro desfecho.
05- Elaborar uma Carta do narrador para o diretor pedindo uma revisão das normas escolares.
06- Elaborar uma carta-resposta do diretor para o narrador justificando as normas.
07- Carta do pai de um dos alunos para o diretor.
08- Elaborar uma notícia de jornal denunciando o fato.
09- Elaborar um documento contendo as normas da escola (do conto)
10- Elaborar um texto descritivo da escola
11- Elaborar uma entrevista com a diretora da escola.
12- Elaborar um abaixo-assinado no qual as mães protestam contra as normas da escola.
13- Elaborar um texto opinativo a favor e outro contra sobre a rigidez das normas escolares.
14- Elaborar um diálogo entre os alunos.
15- Elaborar um poema sobre o tema do conto.
16- Criar um gibi a partir do conto:
17- Criar uma charge referente ao assunto do texto.
18- Elaborar frases com mensagens referentes ao conteúdo do conto.
19- Elaborar um texto publicitário sobre a escola.
20- Elaborar um discurso de um político sobre o fato.
21- Reconte a história no estilo de um discurso de Gil Gomes.
22- Elaborar textos opinativos que revelem a opinião dos alunos a respeito das normas escolares.
23- Elaborar um texto para o autor do conto: Monteiro Lobato, opinando sobre a obra.
24- Elaborar um resumo do texto.
25- Elaborar uma peça de teatro baseada nesse conto
Incidente na Casa do Ferreiro
Luis Fernando Veríssimo
Pela
janela vê-se uma floresta com macacos. Cada um no seu galho. Dois ou
três olham o rabo do vizinho, mas a maioria cuida do seu. Há também um
estranho moinho, movido por águas passadas. Pelo mato, aparentemente
perdido – não tem cachorro – passa Maomé a caminho da montanha, para
evitar um terremoto. Dentro da casa, o filho do enforcado e o ferreiro
tomam chá.
Ferreiro – Nem só de pão vive o homem.
Filho do enforcado – Comigo é pão, pão, queijo, queijo.
Ferreiro – Um sanduíche! Você está com a faca e o queijo na mão. Cuidado.
Filho do enforcado – Por quê?
Ferreiro – É uma faca de dois gumes.
(Entra o cego).
Cego – Eu não quero ver! Eu não quero ver!
Ferreiro – Tirem esse cego daqui!
(Entra o guarda com o mentiroso).
Guarda (ofegante) – Peguei o mentiroso, mas o coxo fugiu.
Cego – Eu não quero ver!
(Entra o vendedor de pombas com uma pomba na mão e duas voando).
Filho do enforcado (interessado) – Quanto cada pomba?
Vendedor de pombas – Esta na mão é 50. As duas voando eu faço por 60 o par.
Cego (caminhando na direção do vendedor de pombas) – Não me mostra que eu não quero ver.
(O
cego se choca com o vendedor de pombas, que larga a pomba que tinha na
mão. Agora são três pombas voando sob o telhado de vidro da casa).
Ferreiro – Esse cego está cada vez pior!
Guarda – Eu vou atrás do coxo. Cuidem do mentiroso por mim. Amarrem com uma corda.
Filho do enforcado (com raiva) – Na minha casa você não diria isso!
(O guarda fica confuso, mas resolve não responder. Sai pela porta e volta em seguida).
Guarda (para o ferreiro) – Tem um pobre aí fora que quer falar com você. Algo sobre uma esmola muito grande. Parece desconfiado.
Ferreiro – É a história. Quem dá aos pobres empresta a Deus, mas acho que exagerei.
(Entra o pobre).
Pobre
(para o ferreiro) – Olha aqui, doutor. Essa esmola que o senhor me deu.
O que é que o senhor está querendo? Não sei não. Dá para desconfiar…
Ferreiro – Está bem. Deixa a esmola e pega uma pomba.
Cego – Essa eu nem quero ver…
(Entra o mercador).
Ferreiro
(para o mercador) – Foi bom você chegar. Me ajuda a amarrar o mentiroso
com uma… (Olha para o filho do enforcado). A amarrar o mentiroso.
Mercador (com a mão atrás da orelha) – Hein?
Cego – Eu não quero ver!
Mercador – O quê?
Pobre – Consegui! Peguei uma pomba!
Cego – Não me mostra.
Mercador – Como?
Pobre – Agora é só arranjar um espeto de ferro que eu faço um galeto.
Mercador – Hein?
Ferreiro (perdendo a paciência) – Me dêem uma corda. (O filho do enforcado vai embora, furioso).
Pobre (para o ferreiro) – Me arranja um espeto de ferro?
Ferreiro – Nesta casa só tem espeto de pau.
(Uma
pedra fura o telhado de vidro, obviamente atirada pelo filho do
enforcado, e pega na perna do mentiroso. O mentiroso sai mancando pela
porta enquanto as duas pombas voam pelo buraco no telhado).
Mentiroso (antes de sair) – Agora quero ver aquele guarda me pegar!
(Entra o último, de tapa-olho, pela porta de trás).
Ferreiro – Como é que você entrou aqui?
Último – Arrombei a porta.
Ferreiro – Vou ter que arranjar uma tranca. De pau, claro.
Último – Vim avisar que já é verão. Vi não uma mas duas andorinhas voando aí fora.
Mercador – Hein?
Ferreiro – Não era andorinha, era pomba. E das baratas.
Pobre (para o último) – Ei, você aí de um olho só…
Cego (prostrando-se ao chão por engano na frente do mercador) – Meu rei.
Mercador – O quê?
Ferreiro – Chega! Chega! Todos para fora! A porta da rua é serventia da casa!
(Todos se precipitam para a porta, menos o cego, que vai de encontro à parede. Mas o último protesta).
Último – Parem! Eu serei o primeiro.
(Todos saem com o último na frente. O cego vai atrás).
Cego – Meu rei! Meu rei!
Objetivos:
-Ler e interpretar “O nariz e outras crônicas’’ de Luís Fernando Veríssimo;
-Conceituar a espécie narrativa denominada crônica;
-
Elaborar um trabalho artístico que mostre como a comicidade e o riso
são empregados como instrumento de reflexão crítica sobre o ser humano e
a sociedade.
1ª) Leitura do paradidático Para gostar de ler – Volume 14 – Crônicas, fora da sala de aula;
2ª) Pesquisa individual sobre crônica (conceito, definição). Limite-se a duas páginas!
3ª) Resolução do questionário proposto na página seguinte;
4ª) Criação de uma ilustração em folha A3 (técnica livre: desenho,
pintura, colagem etc.) que represente uma das formas de manifestação do
humor: charge, caricatura, quadrinhos, piadas, paródias de letras de
músicas.
Obs.: As etapas 2 e 3 devem compor um trabalho escrito
(pode ser digitado). Não se esqueça de colocar uma capa com todas asa
informações necessárias, um índice e a bibliografia ao final.
Quanto
à etapa 4, lembre-se de ser criativo. Você pode transformar uma piada
interessante em quadrinhos, criar charges sobre situações políticas
atuais ou inventar uma letra engraçada para uma música já existente.
2ª etapa: 2 pontos
3ª etapa: 6 pontos
4ª etapa: 2 pontos
*Haverá
possibilidade dessa nota valer como av. contínua de interpretação
textual. Conversaremos sobre essa possibilidade na volta às aulas.
Trabalho de Literatura - Questionário
1)
Em algumas crônicxas , o autor apresenta situações absurdas ou
fantásticas. Partindo de fatos que têm como base a realidade e
exagerando traços característicos desses fatos, ele acaba por chegar ao
insólito ou extraordinário. Preencha as lacunas:
a) Na crônica A que ponto, _____________ travam um combate mortal pela compra de um produto, num _________________.
b)
Em Ela, conta-se a história de como a ___________________ invadiu o
cotidiano de um lar de tal forma que o chefe de família acabou sendo
___________________ de casa.
c) O tema da crônica
_____________________________________ é uma dona de casa que fica
totalmente obcecada pela propaganda e parece louca aos olhos da família.
d)
Vocação conta como um excelente empregado foi ________________ após
vinte e oito anos na firma porque a direção da empresa preferiu
acreditar no que mostrava a análise do __________________.
e) A
história O nariz fala de um respeitado __________________ que um belo
dia passou a usar um ___________________ e resolveu que não tiraria
mais.
2) Com situações absurdas, muitas vezes, o autor faz uma
crítica aos hábitos, costumes, comportamentos e ideias da nossa
sociedade. Coloque o título das crônicas citadas no exercício anterior
na linha que corresponde ao que está sendo criticado em cada uma delas.
a) A presença e a influência da televisão na vida da sociedade contemporânea. _________________
b) A informática se impondo sobre o bom senso e a lógica. __________________
c) Julgamento das pessoas por sua aparência. _____________________
d) A grande presença da publicidade e da propaganda no cotidiano. _____________________
e) O domínio da sociedade de consumo sobre a existência de cada um. ____________________
3)
A crônica A História, mais ou menos, trata de um assunto muito antigo,
que tem quase dois mil anos: o nascimento de Jesus Cristo. Mesmo com um
tema tão conhecido, o texto é original e divertido. Assinale F(falso) ou
V(verdadeiro) nas afirmativas a seguir, de acordo com o que caracteriza
ou não esse texto.
( ) O interesse da crônica está na linguagem
do narrador, que usa gíria e expressões populares empregadas nos dias de
hoe para contar uma passagem bíblica antes sempre tratada de modo
tradicional.
( ) Usando um tom sério, o autor critica a juventude atual por sua falta de religiosidade e fé.]
( ) Mesmo empregando um tom irreverente, o autor permanece fiel à versão original da Bíblia sobre os três reis magos.
(
) A originalidade da crônica se encontra no fato de o autor revelar
sua descrença total na religião, comparando0a com uma loteria
esportiva.
4) No texto Incidente na casa do ferreiro, o autor
trabalha basicamente com provérbios e ditos populares, montando um
enredo em que essas frases são usadas ao pé da letra e não em sentido
simbólico.
Associe os trechos a seguir com os correspondentes provérbios empregados na crônica:
( ) (...) Passa Maomé a caminho da montanha (...)
( ) Olha aqui, doutor. Essa esmola que o senhor me deu. O que é que o senhor está querendo?
( ) Pobre (para o ferreiro): - Me arranja um espeto de ferro?
Ferreiro: - Nesta casa só tem espeto de pau.
( ) Pobre (para o último): - Ei, você aí de um olho só.
Cego(prostrando-se ao chão por engano na frente do mercador): - Meu rei.
( ) Cego (caminhando na direção do vendedor de pombas): - Não me mostra que eu não quero ver.
1. O pior cego é aquele que não quer ver.
2. Casa de ferreiro, espeto de pau.
3. Quando a esmola é muita o santo desconfia.
4. Em terra de cego, quem tem um olho é rei.
5. Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé.
5)
Podemos considerar algumas das crônicas de Luís Fernando Veríssimo como
paródias, isto é, imitação ou arremedo de um estilo literário para
causar um efeito cômico. Associe os trechos citados a seguir com o que
está sendo parodiado:
( ) Mas eu e o meu cachorro (Dogman)
gostamos porque o meu pai disse que nós íamos pescar, e cozinhar nós
mesmos o peixe pescado no fogo, e comer o peixe com as mãos , e se há
uma coisa que eu gosto é confusão. (Minhas férias)
( ) Faça sete
cópias e mande para sete pessoas. Dentro de sete dias você será
recompensado por Santo Eurides. (Corrente a Santo Eurides)
( )
Minha vida como parlamentar é um livro ponto aberto, imaculadamente
branco. Como ministro, não tenho o que esconder. (Ponto de vista)
1. Uma redação escolar.
2. Discurso de um político
3. Cartas que se enviam para fazer correntes de pedidos a santos ou para se obter benefícios.
6)
Duas crônicas desta antologia abordam um mesmo tema: o sexo. Trata-se
de Sementinhas e Relógio digital. Marque com um X as afirmativas que
retratam o que há de comum entre as duas histórias, além do tema:
( ) Em ambas as crônicas as crianças demonstram uma enorme ansiedade em aprender tudo que puderem sobre sexo.
( ) Tanto a professora de Sementinhas quanto o pai de Relógio digital dão mais importância ao assunto do que as crianças.
( ) Nas duas histórias os adultos se enganam ao pensar que as crianças estão morrendo de vontade de conversar sobre sexo.
( ) As duas crônicas demonstram que sexo é um assunto mais complicado para crianças do que para adultos.
Trabalhando com gêneros textuais a partir de um texto narrativo (conto)
PÉ-NO-CHÃO
Monteiro Lobato
Fica
no extremo da rua o Grupo Escolar, de modo que a meninada passa e
repassa à frente da minha janela. Notei que muitas crianças sofriam dos
pés, pois traziam um no chão e outro calçado. Perguntei a uma delas:
__ Que doença de pés é essa? Bicho arruinado?
O pequeno baixou a cabeça com acanhamento, depois confessou:
__ É inconomia.
Compreendi.
Como nos grupos não se admitem crianças de pé no chão, inventaram as
mães pobres aquela pia fraude. Um pé vai calçado, o outro, doente do
imaginário mal crônico, vai descalço. Um par de botinas dura assim por
dois. Quando o pé de botina em uso fica estragado, transfere-se a doença
de um pé para outro, e o pé de botina de reserva entra em funções.
Destarde, guardadas as conveniências, fica o dispêndio cortado pelo
meio. Acata-se a lei e guarda-se o cobre.
Benditas sejam as mães engenhosas!
Sugestões de 25 atividades
01- Reconte a história do ponto de vista do aluno.
02- Alterar a história.
03- Elaborar outro conto cuja escola fica em um bairro de classe alta.
04- Continuar a história, criando outro desfecho.
05- Elaborar uma Carta do narrador para o diretor pedindo uma revisão das normas escolares.
06- Elaborar uma carta-resposta do diretor para o narrador justificando as normas.
07- Carta do pai de um dos alunos para o diretor.
08- Elaborar uma notícia de jornal denunciando o fato.
09- Elaborar um documento contendo as normas da escola (do conto)
10- Elaborar um texto descritivo da escola
11- Elaborar uma entrevista com a diretora da escola.
12- Elaborar um abaixo-assinado no qual as mães protestam contra as normas da escola.
13- Elaborar um texto opinativo a favor e outro contra sobre a rigidez das normas escolares.
14- Elaborar um diálogo entre os alunos.
15- Elaborar um poema sobre o tema do conto.
16- Criar um gibi a partir do conto:
17- Criar uma charge referente ao assunto do texto.
18- Elaborar frases com mensagens referentes ao conteúdo do conto.
19- Elaborar um texto publicitário sobre a escola.
20- Elaborar um discurso de um político sobre o fato.
21- Reconte a história no estilo de um discurso de Gil Gomes.
22- Elaborar textos opinativos que revelem a opinião dos alunos a respeito das normas escolares.
23- Elaborar um texto para o autor do conto: Monteiro Lobato, opinando sobre a obra.
24- Elaborar um resumo do texto.
25- Elaborar uma peça de teatro baseada nesse conto
Incidente na Casa do Ferreiro
Luis Fernando Veríssimo
Pela
janela vê-se uma floresta com macacos. Cada um no seu galho. Dois ou
três olham o rabo do vizinho, mas a maioria cuida do seu. Há também um
estranho moinho, movido por águas passadas. Pelo mato, aparentemente
perdido – não tem cachorro – passa Maomé a caminho da montanha, para
evitar um terremoto. Dentro da casa, o filho do enforcado e o ferreiro
tomam chá.
Ferreiro – Nem só de pão vive o homem.
Filho do enforcado – Comigo é pão, pão, queijo, queijo.
Ferreiro – Um sanduíche! Você está com a faca e o queijo na mão. Cuidado.
Filho do enforcado – Por quê?
Ferreiro – É uma faca de dois gumes.
(Entra o cego).
Cego – Eu não quero ver! Eu não quero ver!
Ferreiro – Tirem esse cego daqui!
(Entra o guarda com o mentiroso).
Guarda (ofegante) – Peguei o mentiroso, mas o coxo fugiu.
Cego – Eu não quero ver!
(Entra o vendedor de pombas com uma pomba na mão e duas voando).
Filho do enforcado (interessado) – Quanto cada pomba?
Vendedor de pombas – Esta na mão é 50. As duas voando eu faço por 60 o par.
Cego (caminhando na direção do vendedor de pombas) – Não me mostra que eu não quero ver.
(O
cego se choca com o vendedor de pombas, que larga a pomba que tinha na
mão. Agora são três pombas voando sob o telhado de vidro da casa).
Ferreiro – Esse cego está cada vez pior!
Guarda – Eu vou atrás do coxo. Cuidem do mentiroso por mim. Amarrem com uma corda.
Filho do enforcado (com raiva) – Na minha casa você não diria isso!
(O guarda fica confuso, mas resolve não responder. Sai pela porta e volta em seguida).
Guarda (para o ferreiro) – Tem um pobre aí fora que quer falar com você. Algo sobre uma esmola muito grande. Parece desconfiado.
Ferreiro – É a história. Quem dá aos pobres empresta a Deus, mas acho que exagerei.
(Entra o pobre).
Pobre
(para o ferreiro) – Olha aqui, doutor. Essa esmola que o senhor me deu.
O que é que o senhor está querendo? Não sei não. Dá para desconfiar…
Ferreiro – Está bem. Deixa a esmola e pega uma pomba.
Cego – Essa eu nem quero ver…
(Entra o mercador).
Ferreiro
(para o mercador) – Foi bom você chegar. Me ajuda a amarrar o mentiroso
com uma… (Olha para o filho do enforcado). A amarrar o mentiroso.
Mercador (com a mão atrás da orelha) – Hein?
Cego – Eu não quero ver!
Mercador – O quê?
Pobre – Consegui! Peguei uma pomba!
Cego – Não me mostra.
Mercador – Como?
Pobre – Agora é só arranjar um espeto de ferro que eu faço um galeto.
Mercador – Hein?
Ferreiro (perdendo a paciência) – Me dêem uma corda. (O filho do enforcado vai embora, furioso).
Pobre (para o ferreiro) – Me arranja um espeto de ferro?
Ferreiro – Nesta casa só tem espeto de pau.
(Uma
pedra fura o telhado de vidro, obviamente atirada pelo filho do
enforcado, e pega na perna do mentiroso. O mentiroso sai mancando pela
porta enquanto as duas pombas voam pelo buraco no telhado).
Mentiroso (antes de sair) – Agora quero ver aquele guarda me pegar!
(Entra o último, de tapa-olho, pela porta de trás).
Ferreiro – Como é que você entrou aqui?
Último – Arrombei a porta.
Ferreiro – Vou ter que arranjar uma tranca. De pau, claro.
Último – Vim avisar que já é verão. Vi não uma mas duas andorinhas voando aí fora.
Mercador – Hein?
Ferreiro – Não era andorinha, era pomba. E das baratas.
Pobre (para o último) – Ei, você aí de um olho só…
Cego (prostrando-se ao chão por engano na frente do mercador) – Meu rei.
Mercador – O quê?
Ferreiro – Chega! Chega! Todos para fora! A porta da rua é serventia da casa!
(Todos se precipitam para a porta, menos o cego, que vai de encontro à parede. Mas o último protesta).
Último – Parem! Eu serei o primeiro.
(Todos saem com o último na frente. O cego vai atrás).
Cego – Meu rei! Meu rei!
Objetivos:
-Ler e interpretar “O nariz e outras crônicas’’ de Luís Fernando Veríssimo;
-Conceituar a espécie narrativa denominada crônica;
-
Elaborar um trabalho artístico que mostre como a comicidade e o riso
são empregados como instrumento de reflexão crítica sobre o ser humano e
a sociedade.
1ª) Leitura do paradidático Para gostar de ler – Volume 14 – Crônicas, fora da sala de aula;
2ª) Pesquisa individual sobre crônica (conceito, definição). Limite-se a duas páginas!
3ª) Resolução do questionário proposto na página seguinte;
4ª) Criação de uma ilustração em folha A3 (técnica livre: desenho,
pintura, colagem etc.) que represente uma das formas de manifestação do
humor: charge, caricatura, quadrinhos, piadas, paródias de letras de
músicas.
Obs.: As etapas 2 e 3 devem compor um trabalho escrito
(pode ser digitado). Não se esqueça de colocar uma capa com todas asa
informações necessárias, um índice e a bibliografia ao final.
Quanto
à etapa 4, lembre-se de ser criativo. Você pode transformar uma piada
interessante em quadrinhos, criar charges sobre situações políticas
atuais ou inventar uma letra engraçada para uma música já existente.
2ª etapa: 2 pontos
3ª etapa: 6 pontos
4ª etapa: 2 pontos
*Haverá
possibilidade dessa nota valer como av. contínua de interpretação
textual. Conversaremos sobre essa possibilidade na volta às aulas.
Trabalho de Literatura - Questionário
1)
Em algumas crônicxas , o autor apresenta situações absurdas ou
fantásticas. Partindo de fatos que têm como base a realidade e
exagerando traços característicos desses fatos, ele acaba por chegar ao
insólito ou extraordinário. Preencha as lacunas:
a) Na crônica A que ponto, _____________ travam um combate mortal pela compra de um produto, num _________________.
b)
Em Ela, conta-se a história de como a ___________________ invadiu o
cotidiano de um lar de tal forma que o chefe de família acabou sendo
___________________ de casa.
c) O tema da crônica
_____________________________________ é uma dona de casa que fica
totalmente obcecada pela propaganda e parece louca aos olhos da família.
d)
Vocação conta como um excelente empregado foi ________________ após
vinte e oito anos na firma porque a direção da empresa preferiu
acreditar no que mostrava a análise do __________________.
e) A
história O nariz fala de um respeitado __________________ que um belo
dia passou a usar um ___________________ e resolveu que não tiraria
mais.
2) Com situações absurdas, muitas vezes, o autor faz uma
crítica aos hábitos, costumes, comportamentos e ideias da nossa
sociedade. Coloque o título das crônicas citadas no exercício anterior
na linha que corresponde ao que está sendo criticado em cada uma delas.
a) A presença e a influência da televisão na vida da sociedade contemporânea. _________________
b) A informática se impondo sobre o bom senso e a lógica. __________________
c) Julgamento das pessoas por sua aparência. _____________________
d) A grande presença da publicidade e da propaganda no cotidiano. _____________________
e) O domínio da sociedade de consumo sobre a existência de cada um. ____________________
3)
A crônica A História, mais ou menos, trata de um assunto muito antigo,
que tem quase dois mil anos: o nascimento de Jesus Cristo. Mesmo com um
tema tão conhecido, o texto é original e divertido. Assinale F(falso) ou
V(verdadeiro) nas afirmativas a seguir, de acordo com o que caracteriza
ou não esse texto.
( ) O interesse da crônica está na linguagem
do narrador, que usa gíria e expressões populares empregadas nos dias de
hoe para contar uma passagem bíblica antes sempre tratada de modo
tradicional.
( ) Usando um tom sério, o autor critica a juventude atual por sua falta de religiosidade e fé.]
( ) Mesmo empregando um tom irreverente, o autor permanece fiel à versão original da Bíblia sobre os três reis magos.
(
) A originalidade da crônica se encontra no fato de o autor revelar
sua descrença total na religião, comparando0a com uma loteria
esportiva.
4) No texto Incidente na casa do ferreiro, o autor
trabalha basicamente com provérbios e ditos populares, montando um
enredo em que essas frases são usadas ao pé da letra e não em sentido
simbólico.
Associe os trechos a seguir com os correspondentes provérbios empregados na crônica:
( ) (...) Passa Maomé a caminho da montanha (...)
( ) Olha aqui, doutor. Essa esmola que o senhor me deu. O que é que o senhor está querendo?
( ) Pobre (para o ferreiro): - Me arranja um espeto de ferro?
Ferreiro: - Nesta casa só tem espeto de pau.
( ) Pobre (para o último): - Ei, você aí de um olho só.
Cego(prostrando-se ao chão por engano na frente do mercador): - Meu rei.
( ) Cego (caminhando na direção do vendedor de pombas): - Não me mostra que eu não quero ver.
1. O pior cego é aquele que não quer ver.
2. Casa de ferreiro, espeto de pau.
3. Quando a esmola é muita o santo desconfia.
4. Em terra de cego, quem tem um olho é rei.
5. Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé.
5)
Podemos considerar algumas das crônicas de Luís Fernando Veríssimo como
paródias, isto é, imitação ou arremedo de um estilo literário para
causar um efeito cômico. Associe os trechos citados a seguir com o que
está sendo parodiado:
( ) Mas eu e o meu cachorro (Dogman)
gostamos porque o meu pai disse que nós íamos pescar, e cozinhar nós
mesmos o peixe pescado no fogo, e comer o peixe com as mãos , e se há
uma coisa que eu gosto é confusão. (Minhas férias)
( ) Faça sete
cópias e mande para sete pessoas. Dentro de sete dias você será
recompensado por Santo Eurides. (Corrente a Santo Eurides)
( )
Minha vida como parlamentar é um livro ponto aberto, imaculadamente
branco. Como ministro, não tenho o que esconder. (Ponto de vista)
1. Uma redação escolar.
2. Discurso de um político
3. Cartas que se enviam para fazer correntes de pedidos a santos ou para se obter benefícios.
6)
Duas crônicas desta antologia abordam um mesmo tema: o sexo. Trata-se
de Sementinhas e Relógio digital. Marque com um X as afirmativas que
retratam o que há de comum entre as duas histórias, além do tema:
( ) Em ambas as crônicas as crianças demonstram uma enorme ansiedade em aprender tudo que puderem sobre sexo.
( ) Tanto a professora de Sementinhas quanto o pai de Relógio digital dão mais importância ao assunto do que as crianças.
( ) Nas duas histórias os adultos se enganam ao pensar que as crianças estão morrendo de vontade de conversar sobre sexo.
( ) As duas crônicas demonstram que sexo é um assunto mais complicado para crianças do que para adultos.
Atividades com textos diversificados - Agosto de 2009
Assim que ele
nasceu resolveram que ele ia ser um galo de briga, tão brigão, tão
ganhador de todo o mundo, tão terrível que o melhor era ele se chamar
Terrível de uma vez e pronto.
Porque no galinheiro onde
ele morava era assim mesmo: mal os pintinhos nasciam, os donos do
galinheiro já resolviam o que é que cada um ia ser:
_ Você vai ser tomador-de-conta-de-galinha.
_ Você vai ser galo de briga.
_ Você vai pra panela.
E não adiantava nada os pintinhos quererem ser outra
coisa: os donos é que resolviam tudo, e quem não gostou que gostasse.
O que diz o texto:
1) O que eles são no texto:
a) A bolsa amarela: _____________________________________________
b) Lygia Bojunga Nunes: ________________________________________
c) Terrível: ___________________________________________________
2) Assinale as características psicológicas do galo que aparecem no texto:
( ) calmo ( ) ganhador ( ) terrível
( ) botador de ovos ( ) cantador ( ) brigão
3) Assinale as respostas corretas.
a) Terrível morava:
( ) no galinheiro ( ) no lago ( ) no terreno
b) Quem decidia a vida dos pintinhos era:
( ) o galo ( ) a galinha ( ) o dono
c) Terrível era:
( ) um botador de ovos ( ) um galo bom para a panela
( ) um tomador-de-conta-de-galinha ( ) um galo de briga
4) Responda.
a) Você acha que Terrível gostava de ser galo de briga?
R: _______________________________________________________
b) Se ele pudesse ser outro tipo de galo ele seria?
R: _______________________________________________________
c) Quais são as coisas que você pode escolher sozinho?
R: _______________________________________________________
Chapeuzinho Amarelo (Chico Buarque de Holanda)
Era a Chapeuzinho Amarelo.
Amarelo de medo.
Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
Em festa não aparecia.
Não subia escada, nem descia.
Não estava resfriada, mas tossia.
Ouvia conto de fada e estremecia.
Não brincava de mais nada, nem de amarelinha.
Tinha medo de trovão.
Minhoca, para ela, era cobra.
E nunca apanhava sol, tinha medo de sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava banho pra não descolar.
Não falava nada pra não engasgar.
Não ficava em pé com medo de cair.
Então vivia parada, deitada, mas sem dormir, com medo de pesadelo.
Era Chapeuzinho Amarelo.
O que diz o texto:
1) Responda.
a) Quem é o autor do texto? ______________________________________
b) Qual é o seu título? ___________________________________________
c) Qual é o assunto do texto? ______________________________________
2) Com se chama a personagem do texto? _____________________________
3) Assinale as coisas que você viu que Chapeuzinho Amarelo tinha medo:
( ) rir ( ) escada ( ) conto de fadas
( ) escrever ( ) minhoca ( ) pesadelo
( ) trovão ( ) ver televisão ( ) chorar
4) Que coisas a Chapeuzinho Amarelo tem medo que você também tem?
R: __________________________________________________________
5) O que é medo?
R: __________________________________________________________
6) Que coisas provocam medo em você?
R: __________________________________________________________
7) As coisas que você tem medo são verdadeiras? R: _____________________
No reino perdido do Beleléu (Maria Heloísa Penteado)
Dizem que todas as coisas perdidas vão para o Beleléu. Não sei onde
fica
esse lugar, mas que ele existe, existe. Já ouvi muita gente grande,
gente instruída, dizer desanimada sempre que perde alguma coisa e não
acha mais.
¨Foi para o Beleléu.¨
E sei também de um menino que foi para lá.
Chamava-se Zé Léo e um dia sumiu de casa,. O a irmã dele, a Valdomira, não estranhou o seu sumiço.
Ele tinha mesmo que desaparecer, foi o que ela pensou.
Pois tudo o que era dele não sumia? Sumiam os brinquedos e as meias
(sempre um pé só), sumiam as camisas, as cuecas, e os botões da roupa
dele. Ia tudo para o Beleléu. Só faltava ele mesmo ir para lá.
É que o Zé Léo tinha um costume muito ruim: largava tudo por aí. Quem quisesse que guardasse. Ele não!
Quem já viu a maior bagunça do mundo, viu o quarto dele.
Se ele trocava de roupa, lá ficava a roupa usada esparramada pelo chão.
Se escovava os dentes, era certo encontrar a escova jogada dentro da
pia. Quando voltava da escola, largava os livros em qualquer canto e na
hora de estudar, era aquele procura-que-procura.
A gente dele já estava cansada de suas perguntas, sempre as mesmas: ¨Onde está isso? Onde está aquilo? Você não viu...¨
O que diz o texto:
1) Dê o título do texto e o nome do autor.
2) Use sua criatividade e imagine um título diferente para o texto.
3) Qual o nome do personagem principal?
4) Qual era a sua característica psicológica?
5) O que é o reino do Beleléu?
6) O que você acha da atitude de Zé Léo?
7) Você costuma guardar suas coisas?
8) O que aconteceu com o Zé Léo?
9) Por que Valdomira não estranhou o sumiço do irmão ?
10) Como era o quarto do Zé Léo?
11) De que a família do Zé Léo estava cansada?
12) Marque a alternativa adequada em relação ao texto:Em casa, Zé Léo era...
a) Muito organizado, guardava tudo no lugar.
b) Muito bagunceiro, largava tudo pela casa.
Rio tem coração? (Leila R. Iannone)
Imaginem que um jatobá bem velho cresceu de mansinho entre os matos e o rio não se lembrava de tê-lo visto nascer!
E olha que jatobá é uma árvore tão grande que criança tem
de ficar de pescoço esticado para enxergar atééééé lá em cima.
Mas o rio passava tão orgulhoso que nem levantar os olhos para espiar aqueles galhos fortes e reguentos.
Também não viu o azul do céu que coloria seu corpo
líquido, nem o brilho do sol que fazia ouro em suas tranças de espuma.
O que diz o texto:
1) Dê o que se pede.
a) Título do texto: ______________________________________________
b) Nome do autor: ______________________________________________
c) Assunto do texto: _____________________________________________
2) O personagem principal do texto é:
( ) um jatobá ( ) um rio ( ) o sol ( ) o céu azul
3) Qual a principal característica psicológica do rio? _____________________
4) Assinale as alternativas incorretas:
( ) O rio era muito orgulhoso.
( ) O jatobá nem se lembrava quando o rio nasceu.
( ) As águas do rio coloriam o céu azul.
( ) O sol fazia ouro nas águas do rio.
( ) As águas do rio eram fortes e ruguentas.
5) O que você acha da atitude do rio? _________________________________
_____________________________________________________________
6) Que conselho você daria a ele? ____________________________________
_____________________________________________________________
7) Quais as pessoas que sentem orgulho de você? _______________________
_____________________________________________________________
8) O que você faz para que eles se orgulhem de você?____________________
_____________________________________________________________
9) Como você se sente quando vê que as pessoas se orgulham de você?
_____________________________________________________________
10 ) Que tipo de texto é esse?
Texto Descritivo: é quando você escreve ou fala sobre alguma coisa que você vê, dando todas as suas características,
* Conte como é esta ilustração
* Observe todos sos detalhes, cores, etc.
Bicho Papão da minha imaginação (Sylvia Orthof)
Bicho Papão a gente inventa.
O meu foi inventado por uma cozinheira chamada Guiomar.
Guiomar vivia contando histórias terríveis, de botar cabelo em pé. Eu
tenho cabelo crespo, até hoje, por causa da Guiomar. Ela me contou cada
uma, arrepiava tanto, que arrepiada fiquei!
Dizem que a
gente não deve contar histórias de meter medo pra crianças, por isso eu
não vou contar o que Guiomar contava.
Eu sei que, de
tanto ouvir a cozinheira, criei meu Bicho Papão particular. Ele era
assim: olhos cor de fogo, pés virados para trás, soltava muita fumaça
pelas ventas e era mula-sem-cabeça, além de pular num ´pe só e usar
touca vermelha, fumar cachimbo e, de vez em quando, parecer com minha
professora de matemática. Tinha vezes que ele era ótimo, nem existia!
Mas bastava ser noite de tempestade, já vinha o Bicho Papão vestido de
lençol branco, casaco de padre, chapéu de freira, blusa de crochê de
plumas. Era realmente ma coisa impossível, não existia, era meu medo.
O que diz o texto:
1) Responda.
a) Quem é o autor do texto? ______________________________________
b) Qual é o seu título? ___________________________________________
c) Qual é o assunto do texto? ______________________________________
2) Com se chama a personagem do texto? _____________________________
3) É possível uma pessoa não sentir medo? ____________________________
4) O que você pode fazer para perder seus medos?_______________________
_____________________________________________________________
5) Quem é o seu Bicho Papão? ______________________________________
6) Que tipo de texto é esse?
A cigarra e a formiga
Houve uma jovem cigarra que tinha o costuma de chiar ao pé
de um formigueiro, só parava quando cansadinha. E, seu divertimento era
observar as formigas na eterna luta de abastecer o formigueiro.
Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais,
todos arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas.
A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.
Mancando, com a asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu _ tique, tique, tique...
Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num xalinho.
_ Que quer? _ perguntou a formiga.
_ Venho buscar agasalho. O mau tempo não cessa e
_ E o que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa?
A pobre cigarra respondeu tremendo:
_ Eu cantava, bem sabe...
_ Ah! Era você então que cantava enquanto nós trabalhávamos?
_ Isso mesmo, era eu...
_ Pois entre, amiguinha! Que felicidade ter como vizinha
tão gentil cantora! Entre amiga, que aqui terá cama e mesa durante o mau
tempo.
A cigarra entrou, parou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.
O que diz o texto:
a) Quais são as personagens do texto? _______________________________
b) Durante o verão a cigarra _______________ e as formigas ____________
c) Com o inverno, o que aconteceu com a cigarra? _____________________
______________________________________________________________
d) A formiga fez o quê com a cigarra? _______________________________
______________________________________________________________
e) Podemos perceber que a formiga foi_______________________________
Fábula é uma história em que os personagens são animais e termina com uma lição de moral.
A formiga má
Já ouve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra e com dureza a repeliu da sua porta.
Aconteceu na Europa, em pleno inverno, quando a neve
recobria o mundo inteiro, e o inverno veio encontrá-la desprovida de
tudo, sem casa onde abrigar-se, nem folhinhas que comesse.
Desesperada, bateu à porta da formiga e implorou _ emprestado,
notem! uns miseráveis restos de comida. Pagaria com juros altos aquela
comida de empréstimo, logo que o tempo o permitisse.
Mas a formiga era uma usuária sem entranhas. Além disso, invejosa.
Como não soubesse cantar, tinha ódio à cigarra por vê-la querida de
todos os seres.
O que diz o texto:
a) Quais são as personagens do texto? _______________________________
b) Durante o verão a cigarra _______________ e as formigas ____________
c) Com o inverno, o que aconteceu com a cigarra? _____________________
______________________________________________________________
d) A formiga fez o quê com a cigarra? _______________________________
______________________________________________________________
e) Podemos perceber que a formiga foi________________________________
Linguagem culta: baseada na língua oficial do país. É a língua ensinada
na escola.
Linguagem coloquial: próxima da linguagem que falamos no dia-a-dia.
O saber dizer ( Max Figueiredo)
_ Bom dia do-Noêmia!
_ Oh, seu Enéas, o senhor chegou na hora boa. Vem tomar café conosco?
_ Café inté que aceito. Mas o nosco não, que já tô satisfeito!
O que diz o texto:
1) Circule no texto as expressões coloquiais.
2) O que quer dizer?
R: __________________________________________________________
3) O que seu Enéas entendeu sobre a palavra ¨conosco¨?
R: __________________________________________________________
A formiga e a cigarra – A verdade
Era uma vez, uma formiga e uma cigarra muito amigas. Durante
todo o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida
para o inverno.
Enquanto isso, a cigarra só queria
saber de cantar nas rodas de amigos a nos bares da cidade. Cantou
durante todo o outono, sem se preocupar com o frio que estava por vir.
Quando o inverno começou, a formiguinha, exausta de tanto
trabalhar, entrou para sua singela e aconchegante toca repleta de
comida. Dali a pouco, ouviu chamarem seu nome do lado de fora. Abriu a
porta e ficou surpresa ao ver sua leviana amiga cigarra ao volante de
uma Ferrari, envolta de um deslumbrante casaco de vison. Ao notar o
espanto da amiga trabalhadeira, a cigarra lhe disse:
_ Vou passar o inverno em Paris. Será que você poderia cuidar da minha toca nos meses em que eu estiver fora?
_ Claro, sem problemas! Mas me conte o que lhe aconteceu?
Como você conseguiu dinheiro para ir para Paris, comprar essa Ferrari?
_ Imagine você, que eu estava cantando num bar na semana
passada e um produtor musical gostou da minha voz. Fechei um contrato de
seis meses para fazer shows em Paris. A propósito amiga, deseja algo de
lá?
_ Desejo sim. Se você encontrar um tal de La Fontaine, autor da fábula original, de nele umas bordoadas por mim.
O que diz o texto:
a) Quais são as personagens do texto? _______________________________
b) Durante o verão a cigarra _______________ e as formigas ____________
c) Com o inverno, o que aconteceu com a cigarra? _____________________
______________________________________________________________
d) A formiga fez o quê com a cigarra? _______________________________
______________________________________________________________
e) Podemos perceber que a formiga foi_______________________________
f) Que tipo de texto é esse? ________________________________________
João e Maria (Sivuca e Chico Buarque de Holanda)
Agora eu era o herói Não, não fuja não
E o meu cavalo só falava inglês Finja que agora eu era o seu brinquedo
A noiva do cowboy Eu era o seu pião
Era você
Além das outras três O seu bicho preferido
Eu enfrentava os batalhões Vem, me dê a mão
Os alemães e seus canhões A gente agora já não tinha medo
Guardava o meu bodoque No tempo da maldade
E ensaiava um rock Acho que a gente nem tinha nascido
Para as matinês
Agora era fatal
Agora eu era o rei Que o faz-de-conta terminasse assim
Era o bedel e era também juiz Pra lá deste quintal
E pela minha lei Era uma noite que não tem mais fim
A gente era obrigada a ser feliz Pois você sumiu no mundo
E você era a princesa Sem me avisar
Que eu quis coroar E agora eu era um louco a perguntar
E era tão linda de se admirar O que é que a vida vai fazer de mim
Que andava nua pelo meu país
O que diz o texto:
1) Quem é o narrador do texto: homem ou mulher?
2) A quem esse narrador está se dirigindo?
3) A música mostra o narrador se imaginando como diferentes personagens.
Quem são elas?
4) Como o narrador imaginou a quem se dirigiu?
5) Se fosse realmente um rei, que lei ele iria impor?
6) E você? Que lei iria impor?
7) Como o narrador se sente no final?
8) Que tipo de texto é esse?
Retire do texto:
a) o masculino de heroína, rainha, juíza, inglesa.
b) o feminino de príncipe.
c) o plural de batalhão, alemão, canhão.
d) o singular de países, felizes, piões, eram, guardavam, fizeram.
Que susto (Lúcia Junqueira de Almeida Prado)
Em uma fazenda distante faleceu uma velha senhora. Foi cha-
mado um caminhão que levaria os jogadores do Pindorama e o caixão de de-
funto. Foi nesse caminhão que seu Nakano pediu carona. Na viagem de volta...
Acontece que, no caminho entre a vila e o campo de
futebol, começou a chover e seu Nakano resolveu resguardar-se entrando
no caixão. Ora, não tendo dormido naquela última noite, logo pegou no
sono.
Assim, não viu quando chegou à fazenda, o
jogo acabado, a chuva também, a gritaria dos jogadores subindo na
carroceria.
_ Ganhamos! Ga-nha-mos! Viva o Pindorama! Viiiiva!
Seu Juca não cabia em si de tão alegre:
_ Pois é, Edílson _ foi contando ao entrar na boléia ¬_ que jogão!
3
a 2, suado pra ganhar. Mas o melhor foi que não teve briga! Nossos
jogadores voltam para casa sem um arranhão. Se continuar assim...
_ Vamos ser campeões, hein, seu Juca?
Jogadores instalados, gritando:
_ Pode seguir, Edílson. Viva a Pindorama!
Edílson passou da primeira para a segunda e, no
luscofusco do cair da tarde, partiu. A estrada derrapante como se
tivesse sabão, desvia de m buraco, cai no outro. E o solavanco acorda
seu Nakano que levantando a tampa do caixão, pergunta:
_ Chuva palou, né?
Não teve resposta, mas os olhos arregalados de
assombro, de medo, gritaria e o povo saltando do caminhão em movimento.
Saldo do primeiro jogo: três pernas quebradas,
dois braços, um nariz, várias costelas, além da tristeza de saber que a
Pindorama estava fora do campeonato.
O que diz o texto:
1) Onde acontecem os principais fatos deste texto?
2) Que fato importante acontece com o Pindorama naquele dia?
3) Por que seu Nakano entra e dorme no caixão?
4) Por que a presença do caixão no caminhão não incomoda ninguém?
5) O que provoca o susto no time?
6) O que aconteceu com os jogadores?
7) Agora, será que você é capaz de dizer o que provoca o riso no texto?
8) Que tipo de texto é esse?
O catador de piolhos (Diléa Frade)
Era uma vez um cientista que tinha uma missão especial: extermi-
nar
piolhos. Ele inventou o catador automático de piolhos, uma mão elétrica
que catava os bichinhos da cabeça das crianças. Só início, porque vocês
sabem como os piolhos são piolhentos. A mão catava os piolhões, mas os
piolhinhos...ficavam inteirinhos. Quando ele percebeu que seu invento
não estava acabando com todos os piolhos, transformou o catador em
coçador e fazedor de cafuné automático. Foi um estouro. E os meninos,
que adoram um carinho, passaram a dormir com um cafuné gostozinho, Boa
noite, piolhinhos!
O que diz o texto:
1) O que você achou da idéia do cientista de criar um catador de piolhos?
2) Você gostaria de ter um coçador e fazedor de cafuné automático?
3) Piolhos é coisa legal de se ter? Você sabe como combatê-los?
Lição de casa (Diléa Frade)
Era uma vez um menino que tinha que repetir sempre a mesma lição.
Por
que ele não aprendia a ler facilmente? Na hora de juntar as letras ele
se confundia: j às vezes era com g; c às vezes tinha o som de s e s o
som de c, como em você. Uh! Que língua complicada! O português é uma
parada! Antes do b e do p sempre m. Jacaré é com j mas garagem é com g.
Jurubeba é com j mas margem é com g. E canjica? É com g ou com j?
Palhaço é com cedilha, mas ganso é com s. Pois é: o menino se confundia
que se confundia e escrevia poço com dois esses. “Eu posso com isso?” O
menino continuou sua vida se confundindo e passando de ano tão mal e
porcamente, que às vezes passava com ç mesmo. Foi “passando” que chegou à
universidade. Acreditem, se... Falando nisso: quizser é com z ou com
s?!
O que diz o texto:
1) Que tipo de lição de casa é difícil? Por quê? Segundo o texto
Em sua opinião
2) Como é a língua portuguesa? Segundo o texto
Em sua opinião
3) E você, costuma se confundir com a grafia de certas palavras? Quais?
4) As aspas são usadas com duas funções diferentes no texto.
a) Indique o que as aspas marcam em “Eu posso com isso?”.
b) Indique o que as aspas indicam em “paçando”.
5) Como você responde à pergunta final do texto?
Escola Municipal Ribeiro Junqueira
Avaliação de Português
Nome:______________________________________________________
Data:______/______/______ Nota: ________
Convite (José Paulo Paes)
Poesia Só que
é brincar com as palavras bola, papagaio, pião
como se brinca de tanto brincar
com bola, papagaio, pião. se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de
poesia?
O que diz o texto:
Após ter lido o texto com atenção assinale com um (x) a resposta correta.
1) O texto que você leu é um texto
( a ) literário ( b ) poético ( c ) jornalístico
2) A intenção do texto é:
( a ) brincar com as palavras.
( b ) falar sobre tipos de brinquedos.
( c ) mostrar como se brinca fora de casa.
3) O texto mostra que a poesia:
( a ) é um texto muito longo.
( b ) pode deixar as crianças desanimadas.
( c ) pode ser ma brincadeira.
4) A idéia central da poesia é:
( a ) Os brinquedos são poucos, mas as palavras são muitas.
( b ) Os brinquedos acabam, mas as palavras se renovam.
( c ) Os brinquedos podem ser guardados, mas as palavras não podem.
5) A palavra elas em destaque na terceira estrofe se refere:
( a ) às palavras ( b ) as brincadeiras ( c ) às águas
6) Podemos encontrar este tipo de texto em:
( a ) livros de receita ( b ) manual de instrução ( c ) livros de leitura
7) O poema possui:
( a ) 17 versos e 4 estrofes ( b ) 4 versos e 17 estrofes
8) Quem é o autor do texto que você leu?
R: __________________________________________________________
9) Para leitores de que faixa etária você acha que esse texto foi escrito? Expli-
que como você concluiu isso.
R: ___________________________________________________________
10) O texto está escrito em prosa ou em versos? Porque?
R:___________________________________________________________
11) Complete a seguinte frase: Um poema é um texto criado para...
( a ) ser lido e apreciado por sua beleza.
( b ) informar sobre fatos do dia-a-dia.
12) Outro texto.
Castigo (Leo Cunha)
Podem me prender no quarto,
eu saio pela janela.
Podem trancar a janela,
eu fujo pelo telefone.
Podem cortar o telefone,
eu pulo dentro de um livro.
O que diz o texto:
1) Quais as formas de castigo sugeridas pelo texto?
2) Das formas encontradas para fugir do castigo, qual a única que sai do con-
trole daquele que está castigando?
3) Explique como é possível fugir pelo telefone?
4) O que acontece quando pulamos para dentro de um livro?
13) Você vai reescrever o poema Castigo:
a) troque o título, usando o contrário de castigo;
b) pense em coisas que gostaria de receber para escrever os versos;
c) termine dizendo que o que você quer mesmo é um livro para pular dentro.
d) se quiser, ilustre seu texto e não esqueça de colocar o autor(a).
Nenhum comentário:
Postar um comentário